Uma vez, para não dizer milhares,
ouvi que cristãos deveriam exalar o bom perfume, ou seja, deveriam ser pessoas
agradáveis com quem todos, sendo ímpios ou justos, querem estar. Por quê?
Por que alguém diria isso? Esse é
o melhor que alguém pode ganhar de Cristo? Estaríamos então sendo chamados para
pregar Cristo Jesus que fez de nós mais populares e queridos? Que nos ensinou
uma moralidade infalível? Talvez. Afinal, quem não se impressionaria com
eloqüência, inteligência e serviço? Mas é disso mesmo que se trata o evangelho?
De uma carnalidade com a promessa de ser constantemente alimentada?
Ouvimos que as pessoas devem
aceitar Jesus em seus corações para que o vazio existencial seja preenchido.
Deus é isso? Um complete a frase? Eu coloco o nome de Deus na minha camiseta,
no adesivo do carro e digo que eu vivo para Ele? Basta responder a pergunta
“Quem é que me abençoa?” e torcer com fé para a minha oração ser sorteada?
Somos corruptos. Pecamos.
Afundamos gerações com o pecado e ainda dizíamos que a razão era nossa, que a
Lei de Deus era tolice e que queríamos mais do próprio pecado. Mas um dia, por
misericórdia e desejo do Pai, os nossos olhos foram abertos para contemplar a
majestosa supremacia de Cristo Jesus. Tamanha vergonha e peso estavam na cruz
que só o Filho de Deus poderia passar, mas tamanha é a supremacia do Filho do
Homem que ressuscitou. Arrependemos-nos e cremos no Filho, e assim temos a salvação.
Não nos achegamos a Cristo pelo
vazio existencial em nós, mas por que Ele é tudo, é o início de toda existência,
é a nossa redenção. Nossa maior glória e presente é sermos aceitos por Ele, é o
grande e misericordioso privilégio de o reconhecermos como O Senhor. Não
confiamos na nossa eloqüência ou nos nossos carros, mas no Senhor, nosso Deus,
que está acima de todas as coisas.
Não somos dos que irão proclamar
o nome do Senhor esperando o ressoar dos aplausos cantando para os nossos egos.
Não esperamos que as pessoas digam olha como Deus o abençoa, agora ele tem um
carro, um emprego e trata bem os pais. Queremos morrer todos os dias, queremos
que a nossa carne seja esmagada pela gloriosa presença de Deus. Queremos que
Deus seja glorificado e dizer o quanto Ele é grande e o quanto nossa
alma o deseja.
Irmão, que o mundo se escandalize
com tamanha presença de Deus. Que o mundo diga, ele não tem nada que não seja
Deus.
Feliz aniversário, Giovanni
Zardini.