É
pesado, na verdade leve, mas ainda vivo escolhendo o mais pesado. Sinto-me
escorregadio, como se a qualquer hora fosse escapar. Escapar de onde? Do
caminho.
A vista
embaça, não me vejo, a voz embaça, não me ouço. Cada grão de areia se
perde no outro e o pés continuam a deslizas. Olho para o lado e vejo o mar. Vai me afogar. Será? Grito, um grito que não sai da boca, mas martela o peito. Não sei pedir
socorro, não sei socorrer, outrora nem sabia que precisava de socorro.
Se o
mar não vem me sinto peixe fora d’água, no entanto não sou peixe, mas ainda me
sinto deslocado, é que ainda sou teimoso, mas não todo. Um dia dá-se o jeito.
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